Há poesia na consistência das coisas sabias?
Quanto pesa uma vida, um corpo,
Quantas gramas pesa a nossa memória?
E a memória partilhada cabe em quantos gigas, ou megas? Quantos kbytes de fotogramas partilhamos? A minha imagem de ti e de nós, a tua imagem de nós e de mim e a força dos nós que fomos firmando.
Eu tenho em mim a enorme riqueza do que me dás. Do que me és.
Preciso de ti para morrer ao crepúsculo
e desatar os laços mortais da madrugada.
Sonhar com o teu corpo e o teu beijo, olhar os teus olhos em trocas de desejo
é a perturbação mais bela que te tenho.
Como medimos a força do olhar, a matéria lírica de um poema?
O amor tem peso e consistência? Tem,
quando damos por ele nos pequenos gestos que nos embriagam a existência
Tu, meu amor, em mim, tens essa leveza própria das coisas com densidade, peso e volume e por demais intensas. Ocupas-me e eu recebo-te nessa matéria onde cabe o teu sorriso inteiro, a tua realidade sensível, a tua matéria verdadeira.
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