Tenho sede dos olhos amados, do mundo que cabia dentro dos dois. Vinha a chuva e nós caímos dentro dela, submersos na cadência. A chuva chovia dentro de nós dois num espaço recluso.
Mas eu já não quero ser proeminente no teu destino, quero apenas que o teu destino me habite.
Água nenhuma preenche o espaço da tua fuga. Tento alcançar-te nas asas do meu beijo.
Não temas, meu amor, eu amo-te como poeta e adoro-te pelos teus olhos, pelo teu corpo, pela cúmplice morada onde éamos só dois.
Esquecer-te eu? Tantas vezes já tentei mas tudo que faças pesa menos do que a paixão que tenho por ti.
De todas as luas que nos separaram, houve sempre outras que nos uniram.
No amor, há marés rasas, marés fundas. Horas vazias, horas fecundadas...
Na poesia não sou grande coisa. Poetas há que iriam rir-se dos meus versos sem lhes verem a autenticidade, o ritmo honesto.
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