Como duas tímidas gazelas, os amantes sondam-se, calam-se e esbarram no silêncio porque não se abrem para o outro. Vivem anos de silêncio por equívocos que não desbloquearam.
Eu não sei o que tu queres por isso não digo o que penso. Tu não falas, logo não me curtes. Se me curtisses a sério terias dito o que pensas. Porque havia de dizer se tu não dizes?
Isto é uma roda que leva ao ponto infinito da separação. Vivemos num mundo em que as pessoas têm medo de se doar, de admitir frontalmente o amor.
Se lhe dou muita segurança, farta-se de mim. Se lhe dou muitas esperanças nunca mais me larga...
Assim pensam um e outro ou os dois.
Porém o amor é fechar os olhos e fruir profundamente a companhia do outro. O encontro não pode ser considerado um ato compromissivo que muda vidas sem retorno. Estar com o outro é um ato voluntário que não prende, mas liberta.
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