fim de tarde sem pássaros só com as profundas marcas do silêncio das nossas vidas
fim de tarde sem passos no silêncio outonal das folhas caídas
mil palavras caladas nas ruas escondidas, fios de água pingam nas calçadas despidas
fim de tarde, semana que finda, vida suspensa das pandémicas notícias
há gente cerrada na virtude do corpo, a reter a pele, segurar a vida
eu estou no centro do medo e nada me magnifica. guardo o silêncio por dentro, dentro da tarde infinita
eu sou a curva dinâmica na linha mais marginal da morte para a vida
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