O que eu trago é esta orla de frio nos membros, o álgido torpor da extensa invernia. Avassaladora neve.
O que eu trago é o mimo de um acolhimento feliz, a delicadeza de um toque intencional. A sintonia breve.
O que eu sou é o colo que busca colo e recebe carinho mais dentro do coração. E nada mais pede.
O que eu tenho é este fim de tarde adormecido sob a luz do teu olhar, essa lã que me acaricia e que emite, na pele, a chama da felicidade.
O que eu trago é leveza e dor que arde. Trago ao redor da cintura a perceção da tua imagem.
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