Um lume lento devora as cinzas do meu nome. Desapareço devagar entre as rochas do deserto. Presa entre as caixas de betão, plantada num registo mudo, quase doloroso, sou a última flor restante do que fui. Estou presa. Estou prisioneira de tudo e todos, até de mim. Um lume lento devora as cinzas do meu nome desde que nasci. E as palavras ainda se encaminham jovialmente na minha direção. Como se houvesse um lugar batido pelo vento e pela paz e eu estivesse contigo nele, sem mais filtros, o meu pensamento na mesma corda do coração.
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