Um poema desossado, sem qualquer substância ou traço subjetivo, um poema sem tradução pessoal, sem registo íntimo, sem intimista voz, aliás, um poema sem voz
Toda a natureza num poema, morta ou viva, sem sentidos, sem envolvência do sujeito perdido que o desenha
Ser esse sujeito e desenhar apenas letras, lugares e sons inexpressivos, ser o papel, ser a sebenta e toda a poesia ser equívoco, desumanizada e humanamente despida
Isso seria a genuína escrita, hierglifo de nenhuma existência de nenhum lugar desavindo com a vida
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