Em espirais de astros e cegueira, anda a palavra que antes era poema. Em caracol as palavras alinham seus vestidos risonhos, suas librés de porteiros que meramente abrem o sentido e são espiral dos sentidos. Em caracol os pensamentos presos a algumas palavras mais proeminentes, como prazer, prosa e presente. Em caracol a fibra do cabelo, revolto, revoltado, quase pungente a solidão de um só caracol no teu cabelo. E a minha mão a desfiá-lo docemente.
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