Tenho uma ave no coração, como outros têm periquitos nas gaiolas. Parece mentira, mas entrou por mim outrora e continua cativa
Esta ave canora, álacre e viva é a minha alma perdida, numa gaiola de palavras como arames com algumas feridas
Já é tempo amor, da tua partida. Abro a gaiola, não ficarás mais por mim retido, nem eu por ti retida
Mas deixo aberta a luz da madrugada, aquela montanha nua e deserta. Voltarás, minha ave bela, ou vais voar no vento em vela. Mas cativa não serás mais nesta velha gaiola
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