Cresceram as flores que plantei. Cresceu o frio e a doença. Cresceu a morte
E o amor, esse, também cresceu
Os dias do fim, numa casa secretamente nossa, nós que seremos secretos sempre de corpo e coração
Teço devagar os dias, a pensar em ti que teces e engrandeces os teus
Seja o que for que venha, secretos seremos sempre, de corpo ou de alma, como nuvens ardentes
Alcança-me como quem abre a porta de casa e entra. Meu amor, os dias do fim, meu amor os dias seguintes, os dias de um tempo novo. Chama-me que eu vou sorridente
Para nada, apenas para ver-te
Para nada, para um vinho louco e quente em lisos rios ruborizados de riso
Para nada. Apenas para suavisar a tua fronte, para alisar o amor que nos enrugou como o tempo,
meu amor, tu cresces sempre
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