Maduras, memórias pendem dos ramos e os remos do barco partidos a meio da nossa história
Mas o dia tem uma claridade que ofusca o que se sente. Passamos pelo amor, bebemos o seu hálito, doce e quente e estamos cegos. Passamos adiante.
Mas as noites, meu amor, nas noites, soldados vigiam as muralhas dos sonhos, flanqueiam os nossos corpos com as suas armas depostas. Não sentes?
As noites são o cume do presente. Vivemos nelas a autenticidade, porque o dia é de toda a gente.
Posso estreitar-te no peito e beber o teu riso como doce aguardente. Porque é de noite.
Vestimos os trajos épicos dos deuses, ardemos juntos, beija-me, porque a noite consente. Fecha a porta, amor, aqui os segundos consomem-se detalhadamente.
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