O coração dispara-te para o espaço, perde-se numa leve bruma e entra na noite, movido a pós de insónia
Não há nada a fazer. Bebeste um café a mais, tens ansiedade a mais ou pressa demais, todo tu és demais, desmesuradamente grande para a curta metragem da vida que tens
Dominas a informação, demasiada informação para apaziguares a noite, reduzes a pressa, travas a fundo, para te veres enorme na tua súbita vontade de fazer muito no átomo de uma só noite
Planos, projetos, cálculos, acendes, apagas a luz, acordas os gatos, vês um filme, cais a meio. Mas não dormes. Ficas num estado de vigília com vontade que seja dia para experimentares à luz pura da manhã a tua pequena grandeza
Ante a noite que foi vadia
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