Dançaram todas as noites, sob uma lua discreta, dançaram o silêncio e a espera
O tango em Buenos Aires, o flamenco em Sevilha. Dançaram
Nos braços um do outro, dançaram em cada porto marinheiros na despedida
E dançaram também a valsa, a última valsa da vida
Viveram um no outro, mudos, interditos, inebriados, afltos
Caíram num poço de palavras. Falaram, não disseram nada. A meio de um passo falso, caídos, caídos no asfalto
Agora dançam entre rios e rosas, uma dança parada ausentes, cansados, calados como sempre
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