Sabes que não há princípios e fins no amor, não sabes?
Há apenas o meio, o que é agora, neste mesmo momento em que te escrevo com os braços em estreita posição
Só nos move o passado, quando o presente deixar de nos sobressaltar, quando já não te escrever com os braços em estreita posição
Só nos move o futuro, se o presente não cumpre o que o passado nos fez esperar da vida, aquilo que nunca será, nunca virá, porque só queremos o que não temos
Na verdade, só existe o nosso tempo, no momento em que convergemos um para o outro, com o corpo atento.
Só existe o nosso tempo, este segundo deítico em que te escrevo, em que me lês.
Por fim, só o amor nos compreende no mesmo tempo. É o amor a bíblia da criação.
Diz-me como amas.
E eu dou-te o meu sereno amar, a minha alma limpa, a minha mão espartana
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio