Hoje lembrei-me das peónias, talvez pouco poéticas, mas belas, raras de brotar, como quase todas as coisas que nos acendem
É difícil respirar e ser peónia entre as velhas trepadeiras e os grossos ramos de videira.
Para plantar o mundo, temos de arrasar o que cresce por crescer, pelo hábito, pelo raro acaso de se achar no universo o húmus certo, os sais vitais que engrandecem
Eu que quero ser peónia, uma pequena vez na vida, planto-me tantas vezes no solo errado, quando sei que existe algures o solo farto.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio