Sou eu que trago sombras para dentro a ponto de as sentir verdadeiras, vívidas e palpitantes.
Mas entrar, propriamente, entra o sonho e, devagarinho, sem pressa, também a morte.
Sempre soube que me sabias na exata medida do tamanho do meu insignificante, trágico ser.
Também tu és sombra que introduzi, sem pedir licença, com a certeza de que me vias. E vês-me na minha dramática nudez, na ancestral solidão que me cobre.
Talvez sejamos isso um para o outro. Olhamo-nos por dentro. E sabemo-nos, decalcamos as sombras, mas fora do círculo, nunca seremos.
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