Escrever é como pousar o olhar entre as aves e imaginar para onde vão. Leva-nos a vontade de dizer, sem saber o quê, tal como elas voam sem saber que intenção o voo tem.
Escrevo assim contida, num exato ritual de quem está viva e se aviva em mais um voo intransitivo.
Escrever é pensar no risco, na marca, no tempo e no verbo existo.
Alguém saberá por que escreve. Eu não percebo nada disso. Sei apenas que me assinalo no mapa dos seres alalados, tão proximamente vivo do teu lado.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio