Dois dedos de conversa, ele casualmente passa, como os namorados de antes, olha e confirma
Ela pura e casta, roliça e franca não se recusa
Ele gajeiro e forte com fogo nos olhos mira nos seios o corpo de enfusa
Na lua um ramalhete seco e algum silêncio de malha, bordados ainda a pairar nos dedos
Entre duas gargalhadas, carícias que tolhem o corpo, trepadeiras finas os dedos que passam
E como os seus olhos chamam a chama da tarde
E como ela se faz inocente, mas prega a fundo os olhos nele
Lembras, numa outra existência?
O namoro à antiga, eu e tu, à sombra das tílias, um leve roçar do braço, a saia a esvoaçar na tarde que finda
E a fina filigrama de uma carícia que arrepia
Por fim, um saboroso beijo que sela a promessa e termina o dia
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