tu és assim
como um violino
que vens na voz
tocar-me o corpo
tu és a nota
e eu que te ouço
eu sou o sopro
como uma rosa
que rasa leve
nas cordas frágeis
da minha pele
o que tu tocas
compõe silêncios
no acorde azul
da última linha
tanges, imprimes a poesia
e as notas crescem
na madeira que exala
o fulgor das árvores
e a sua fala
o cobre cintila nas tuas mãos
como um anel de sol
que o eco da tua voz
circunda
e em harpejos
o puro desejo de cordas nuas
faz eco em mim
e eu sou tua
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