28.6.08

luz


ofusco-me, cego-me, afundo-me no volume da existência. tão alto, tão alto o passo que segue em busca de um momento, um momento só de verdade e de certeza. fechar os olhos e caminhar para a luz rasgada no teu peito, encurtar memórias e retroceder à alvenaria primeira. descemos da luz, como de um pinheiro, e regredimos para o ponto mínimo de nós. conhecer-te original e limpo e vivermos sem margens no palato, sem sulcos nas veias, sem o silêncio no recinto. e o quarto, rasurado na cal calada de antigos murmúrios e o verniz a ranger nas madeiras polidas. quero perto a luz de um infinito no corpo, contracção e cântico, nunca o chamamento último do corpo que parte com a alma à frente. repito, o meu olhar é uma fonte contra a luz que invade o mundo. não vamos ainda eu e tu partir para o fundo. deixa que a luz nos assinale os traços maiores do corpo absoluto.


2 comentários:

  1. oi
    só p q saibas q aqui passei
    penetrando o seu mundo
    buscando as suas mágicas palavras
    de encanto.
    bacio

    http://www.youtube.com/watch?v=G5H50j4DHXk&feature=related

    ResponderEliminar
  2. Olá, Júlia, bom dia (já é boa tarde!). Obrigada por passares e achares algum encanto nos meus rabiscos! Ah, e adorei o ritmo irlandês! Votos de um dia muito, muito feliz!

    ResponderEliminar

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Não consigo viver mais dias. Já são tantos e tão inúteis. Preparo lentamente a minha fuga, a maior de sempre. Será rápida e ninguém dará por...

Mensagens populares neste blogue