banais como trutas no mercado
as palavras na tarde são como antigos sons de chocalhos
carroças vindas dos campos e o homem cansado
digo-as, para que me não falhem
no léxico debotado
das memórias mais antigas
tardes minhas de menina
brincadeiras que então fazia
sem tempo, nem correrias,
como se a tarde perdurasse assim
esquecida
trémulas finadeiras de histórias rústicas
reunidas sob a benção da braseira
tardes na aldeia eram muros a desabar
no silêncio das mãos obreiras
mas na cidade as tardes são tempo
um pêndulo que marca a vida
pelo tempo já vencido na rapidez pressentida
mas eu ignoro o tempo
faço-lhe figas
estou na aldeia e as minhas mãos entorpecidas
enlaçam fios e malhas e tecem sinfonias
podia ter caído o silêncio universal
que não seria mais silente este lugar
nem mais perfeita a paz que aqui me acolhe
como um colo de mãe faria...
.
as palavras na tarde são como antigos sons de chocalhos
carroças vindas dos campos e o homem cansado
digo-as, para que me não falhem
no léxico debotado
das memórias mais antigas
tardes minhas de menina
brincadeiras que então fazia
sem tempo, nem correrias,
como se a tarde perdurasse assim
esquecida
trémulas finadeiras de histórias rústicas
reunidas sob a benção da braseira
tardes na aldeia eram muros a desabar
no silêncio das mãos obreiras
mas na cidade as tardes são tempo
um pêndulo que marca a vida
pelo tempo já vencido na rapidez pressentida
mas eu ignoro o tempo
faço-lhe figas
estou na aldeia e as minhas mãos entorpecidas
enlaçam fios e malhas e tecem sinfonias
podia ter caído o silêncio universal
que não seria mais silente este lugar
nem mais perfeita a paz que aqui me acolhe
como um colo de mãe faria...
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