É este um Domingo semeado de nuvens brancas e leves, como pensamentos de algodão dispersos e intermitentes, ao sabor de uma brisa discreta, como a que sopra nos sonhos com que de noite recriamos o dia ideal. É um Domingo branco e eu, desperta e laboriosamente entregue às tarefas mais prosaicas, sonho que estás aí, a sonhar que te sonho como me sonhas. E, de tanto imaginar que sim, invento uma cadeia de coincidências, tão improváveis como sobrevoar-me a mesma nuvem duas ou mais vezes no mesmo intervalo de tempo. Mas é um lugar confortável, apetecível, no limiar do quase tudo, ou do quase nada passional. Conheces-me. Não há muito mais a saber. Apenas isso. Entre o quase tudo, ou o quase nada, que possibilidades teria o que te dou, num universo de pó, areia e matéria compacta, de ser verbalização recíproca, em tão funda intensidade?
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