6.11.10

ontem a noite projectou-se na memória mais funda do nosso tempo. li uma a uma as minhas incursões na tua noite, o desassossego que alterava o teu sossego, o destempero do sangue meu na penumbra da tua paz. eram cartas vivas, extraídas do fervor e da adoração, por vezes tão ridículas e tão desmedidas que me fizeram rir, ou chorar, pelo que de infantil dependância denoatavam. e amor. não sei como as recebias, se era enfado, se era perturbação da pele, se loucura escondida fundo na epiderme. mas voltei a viver cada dia desses momentos maravilhosos em que estávamos próximos, comunicávamos, ríamos, sucumbíamos, desafiávamos o outro até nos impregnarmos do grande prazer de estarmos juntos. meu amor, ontem vivi-te de novo e parei onde tudo se quedou. porque se quedou?

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