Tudo o que quero escrever com displicência, sai-me às vezes na ponta de uma faca,
porque não corto a forma das coisas, mesmo quando o todo assume um valor modal desajustado.
Dizer o amor em poesia é tornar a realidade distante. Ou falas ou te escondes na abstração.
Na verdade, todos os versos que faço florir vêm adubados de desconcerto e são formas de me inscrever no dia à porta do teu coração.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Ângulos
Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Há quantas luas levamos o tempo às costas, nas mãos alagadas de suor? E há quantas luas lemos os seus sinais, as nuvens que a encobrem, rasa...
-
Atravessar contigo o rio, comove tanto, o passo tonto. Atravessar contigo o rio, uma pedra, outra pedra, saltas tu, salto eu, aqui dá fundo,...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio