Sirvo-te à temperatura ambiente deste outono (que nos morre nas veias
com a mesma calidez do tempo morno
que já fomos). Depois, verto-me inteira neste copo até doer. Syrah, o vinho do deserto que já percorri.
No entanto, ainda não cheguei. A minha verdade vem no que és, simplesmente,
o vinho de viver, com uma graduação excessiva que me retorna à dor anónima
do abstémio. A dor de te não ter.
No fundo da garrafa a verdade, o polme dos anos, como a hei de saber?
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