da tua voz, que me prendem a ti.
Se me queres, podes prender-me mais nos teus olhos, por cada hora que viver.
Sāo a suavidade nos meus dias, o quebrarmar das palavras que derramo para ti.
Despede os sinais de fumo que atravessam o coração, intoxica-me de amor, fuma-me a alma até ao fim, se me queres assim.
E setas, manda quantas te atravessarem a garganta. Liberta-te do pólen desnecessário.
Já me polinizaste de amor. Se me queres, contagia-me de ti.
Quero recolher-te no peito como uma constipação crónica. Respiro-te, ardo na tua febre e, de tanto suspiro, sucumbo e saro a sombra de qualquer dor.
Mas se não me queres, deixa-me ao menos ser pueril, neste resgate do quarto e da casa onde vivo a ilusão de ser feliz.
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