14.10.19

a utopia do teu corpo


deixa-me assinalar a funda expressão do que és
na minha vida - a chuva e o cimento - a razão
da minha paz e inquietação

a casa seca e a vida incontinente,
sem a contenção do desejo tudo aspira a ser
tudo o que me és

e eu deixo a chuva entrar como bailarina
que me cadencia a espera pela
utopia do teu corpo,
quando até a palavra concorre para o peso
inconsistente do silêncio

esse coração absorto

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