Amo-te à beira do sorriso no largo acento das rosas o beiral dos meus passos ao ouvido sopro tentações e húmido o meu beijo resolve a inquietude dos lírios de água, leves cabelos verdes que a corrente lava e nós suspensos e tensos no leito desse rio arregaçado
Amo-te no declive do tempo quando pendemos para o paraíso em queda de mãos e braços como varas espetadas
Acerto o coração com o mesmo pulsar das estrelas e levito em redor delas aquela antiga luz de lumes e de velas, a que chamámos vendaval e prodígio, talvez hoje voltemos a vê-las
Porque te amo tudo subverto, na direção do teu corpo me verto no estado de luz das paixões e dos candeeiros e assim te prendo nos meus dedos a imensidão deste sorriso, nada mais conta do que olhá-lo e ouvi-lo, amo-te por isto e por aquilo, sobretudo porque me escreves as cartas de amor mais belas do mundo.
E ainda porque ter-te comigo é fofo é ternurento e é fofinho, tão doce é ter-te como fechar a porta ao frio e ficarmos unidos como náufragos do destino.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Ângulos
Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Há quantas luas levamos o tempo às costas, nas mãos alagadas de suor? E há quantas luas lemos os seus sinais, as nuvens que a encobrem, rasa...
-
Atravessar contigo o rio, comove tanto, o passo tonto. Atravessar contigo o rio, uma pedra, outra pedra, saltas tu, salto eu, aqui dá fundo,...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio