O amor não é um jogo de arranjos florais.
Joga-se o corpo, o coração, a liberdade.
No amor joga-se mesmo a pele, a própria
dignidade que nos veste.
Amor e poder convergem para a satisfação do ser.
O desafio está no poder que temos ou presumimos ter sobre o outro. É um jogo de interesses em que o amor prescreve, como qualquer pacote de leite.
Eu e tu já não nos degladiamos como dantes. Aceito o que sempre quiseste,
a distância e uma vaga relação poética
com a qual medimos os palmos de terra
que ainda nos restam.
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