O vinho respira na garrafa
enquanto eu respiro no poema
Não é fácil viver dentro de um poema
É como viver dentro da garrafa
Se me abres, bebes a minha versão
da casta pobre que nasceu da aridez
Talvez recordes o que dentro do teu sangue é especiaria e canela, a força do braço e a embriaguez, a absoluta caravela
Bebe comigo o passado inteiro. Não posso beber sozinha o que vivemos
Que nos perdoe Stendhal, mas esta noite
é a Cartuxa, não de Parma, mas aquela que reservo para a solidão da alma
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