21.6.20

Na relva quente

O lírio levado pela corrente
a seda molhada, a erva quente

Na noite de estio
tu e eu suavemente

Como pode uma flor fluir
com a corrente?

Na noite de verão
tu e eu presos ao chão

Um lírio intenso
desce a corrente, e nós restritos
na relva quente

Tão delicada a tua voz
como água que corre dentro

Como rimamos lírios
e sonhos na noite quente?

Que faca faca fende
a fala e faz correr versos
que são o que a gente sente?

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