Enquanto deslizo para a noite,
tenho este impulso aberto nas veias:
falar-te
com a minha voz de purpurina
dizer-te
ao ouvido, intimamente, do carinho imenso que sinto por ti, da paixão morena que te tenho, do encantamento que te imunda os olhos
Queria
afagar-te o rosto com a minha voz, decretar a noite aberta para (nos) falarmos, rasgar a invisibilidade, a distância, mesmo afixando a máscara mais recolhida e mais discreta
Trilhar
o trilho da sedução no ponto em que ficou o riso e o desafio. E, ainda mais importante, a corda esticada da emoção
Estendo os meus pulsos. Beija-os com
os teus lábios suaves como afloras
suavemente uma flor.
Mas não fales, deixa estar. Boa noite apenas, meu amor.
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