O pó dos caminhos nunca nos sai dos ossos. Forma contraturas e nós que nos prendem no tempo.
Eu não consigo sequer limpar-te dos meus sapatos. És um pó esparso e reincidente que me desce ao corpo, sempre.
Mas o tempo é nosso, é o leito em que, deitados, nos temos deleitado.
Toda a matéria tende para a conservação do seu estado. Em órbita de ti, colidimos tantas vezes e sempre nos orbitámos numa rota raramente contingente, como os pássaros soltos a leste ou a oriente.
Ofereço-te o tempo e a bicetriz da eternidade. Ofereço-te o amor mais alto. Caímos na evasão, sacudimos o pó do passado?
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