Nomeio o caos
Num cais onde partimos e ficamos.
Onde as barcarelas são cavalos-marinhos e a saudade uma âncora fundeada nos areais limpos
Lanço as redes, flores entrançadas, para despertar o sono dos homens naufragados
Recebo os peixes da maré bailando no floreado, as bocas afoguedas. É um bailado de morte.
Os peixes morrem pela boca e os homens pelas palavras. É preciso limpá-las com sal e usá-las na força do amor
e em mais nada.
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