Apenas feito já se desvanesse.
O sal empilhado forma uma pequena montanha de palavras.
Mas a água que vem aos olhos do poeta basta para abater o sal do poema.
Disse e desapareceu. Não importa se ninguém o leu.
O ato de escrita, às vezes, é apenas um momento de alegria e de felicidade, um gesto mecânico do corpo, um sopro íntimo soprado para dentro.
Mas este texto, que é de sal, ainda não derreteu.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Ângulos
Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Há quantas luas levamos o tempo às costas, nas mãos alagadas de suor? E há quantas luas lemos os seus sinais, as nuvens que a encobrem, rasa...
-
Atravessar contigo o rio, comove tanto, o passo tonto. Atravessar contigo o rio, uma pedra, outra pedra, saltas tu, salto eu, aqui dá fundo,...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio