O Requiem de Mozart, (de quem mais poderia ser?), é a minha música da inquietação, um Miserere profundo que me compunge e oprime, mas que vai suavizando e libertando a alma, quando se aproxima do fim.
Ouço-o terapeuticamente, quando estou triste. Não sei porque estou triste. Tenho medo de ser demasiado intensa, mas não é isso que me entristece. É mais a angústia de que possa acontecer alguma coisa.
Fecho os olhos e vejo-me sempre num túnel debaixo de água que vai afunilando até se parecer invariavelmente com um oco.
Sempre que alguém quer quebrar os laços criados, fica-se mais perto da morte.
Não consigo deixar de ser intensa, perdão. Posso até apagar-me, rasgar as fotos e lembrar-te que és livre, sempre foste.
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