A palavra às vezes rói o estômago, raspa os olhos como casca de limão e deixá-nos o amargo da sua incompletude.
Ah, a palavra, a legenda, a letra miudinha das formigas encarreiradas no mesmo sítio...
Tenho os olhos interditos, secos, amotinados. Já não persigo sentidos equívocos. Hoje estou entre páginas, em guerra com os sentidos que implicito, depois de usar os meus e os teus sentidos.
É preciso deduzir o não dito, buscar-te onde não estás, examinar à lupa o coração que escreve. Onde serás?
...
Hoje queria que me tirasses as palavras da boca e que encostasses os teus sentidos aos meus.
Conta-me uma verdade e uma mentira, faz-me um elogio e uma crítica, expande o teu eu até à minha espinha e assim falarei também.
Estou aqui, a cair com o domingo,
caindo sozinha. Só queria mesmo um bocadinho da tua voz, um pedaço dos teus olhos, teu olhar belo e profundo e chamar-te meu anjo querubim, filho da casa de David, que um dia chegou ao (meu) mundo
e é tudo para mim.
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