As aves destroçadas, sem pouso, sem ninho, ao fim do dia, pousam nas estátuas, anjos e santos do cemitério, na pedra fria.
As aves e as flores ornamentam os mortos, respiram a solidão dos mortos, a sombria evidência do fim da vida.
Tal como elas, os poetas absorvem essa aragem fria.
Alguns, tal como as aves distraídas, perdem o rumo e perdem a vida. Mas nós, aves arrebatadas, fazemos o ninho no coração e a nossa casa é a estrada
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