10.10.20

No centro da noite

A noite alveja a janela com jogos de luz e sombra 

Estamos no centro da escuridão

Ciciamos sombras e sons que não traduzem nenhuma língua

Estamos no nosso mundo. Não trocaria um só minuto contigo pelo melhor palácio do mundo, a menos que nele morassem os teus olhos

Estamos no centro da noite

Somos peões numa arena deserta. Falamos e seguimos o mote.

A voz é a aragem fresca que nos comove. Não digas mais.

Abraça-me e entra pelo meu decote. O meu colo é quente e palpita contra a morte.

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