Já não sei juntar palavras em montinhos para exprimir seja o que for.
Também já não resta muito a exprimir, nesta pele couraçada, neste corpo simples que emerge e submerge como um submarino de guerra.
Talvez seja a melancolia outonal e eu me sinta como folha. Talvez seja o mundo que me anexou à urbe cansada e eu me sinta como nada.
Já não junto palavras como dantes. Tenho dentro de mim uma ninfa pálida que se desvaneceu a dançar, uma musa que ficou rouca e louca de dizer.
Mas existe um objeto amado que expande e espalha a minha dor de mulher. Por isso,
Diz-me, meu amor, cantarás por mim o mundo que vier?
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