as reverberações do amor antigo nunca reclusas, nunca longe dos sentidos, a volta louca dos sonhos retidos na retina baça de um filme mudo
voltar atrás como volta o vento virar a esquina quando vira o tempo, virar rio acima a lágrima fina, beijar a vida, visar a volta virando a página, virar a página virando a vida e virar a esquina, enfim restabelecida
e quando viro, a vida volta ao ponto de viragem e vemos virar tudo para o futuro de um passado ido
nas voltas já dadas já fomos dois cisnes num lago esquecido, já vivemos juntos o paraíso, acabaremos a colher lírios num lago de gelo sobreaquecido
pela curva do destino, abraço a minha pele já adormecida e prometo ser lastro da tua lancha no resto da vida
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