Deixo-me penetrar pela estranha sonoridade dos sentidos, como um fogo interno que crepita
Ouves? Uma ressonância de vento nas cavernas do oceano
Nesta distância de mim, a mente esvazia-se de qualquer sentido. O mar é um longínquo rugido como se estivesse preso num búzio
Procuro encontrar-te numa multidão de vozes como a minha. Também tu estás preso ao sortilégio do silêncio
Mas sabes, para onde vamos não há direção assistida, não há caminhos amenos, só o abismo, o fundo residual do tempo que não vivemos
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