2.11.20

da noite para o dia

olho para a noite e pasmo de mim - que mola aciona o discurso em espiral, de mim para ti, de ti para mim, de mim para mim, de ti para ti. as estradas estão enganadas, a sinalética falha, o que mandas retorna-te

o que não mandas volta a ti, o que não digo fica em mim. que mola aciona a viola e o veio de escrita que vai e vem e volta reservada, contida adstrita

porque não soltamos o grito, no ecrã onde a fala se edita - resumidos à voz dos velhos que morreram sem viver a vida

quero a tua voz, a tua voz ouvida, a tua voz lida, o pórtico da tua vontade expressa e dita

da noite para o dia, meu amor, há tanto que fica!

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