Não, senhor Ministro, não feche, não feche o mundo do lado dos pobres,
Senhor Ministro, atente na verdade. Deixe trabalhar quem precisa. Fiscalize quem vadia, quem se relaxa, aumente os comboios suburbanos, ponha mais metros, deixe que os pobres se espalhem no trabalho, que as escolas se ampliem e continue, sr. Ministro, a deixar que as crianças levem o vírus para casa e o tragam para a escola. Boa!
Uma palavra, senhor Ministro, não estigmatize. Uns são mais que outros, dizem.
Pobres feirantes, pobres pobres, pobres futuros desempregados
Pobres idosos que vão indo, pobres aqueles com quem ninguém se preocupa. Pobres professores, encerrados em salas com 28 alunos, 1,5 por metro quadrado. Pobres utentes dos comboios superlotados.
Pobres pessoas nos lares e hospitais sem ninguém saber de onde vem o contágio. Pense, senhor Ministro, se ainda não percebeu, eu digo. Feche as escolas e a cadeia comunitária cede. Deixe a escola fechar só por uns tempos. As crianças são fortes, não morrem. Nós, mais velhos, sim.
Assim, uns morrem do vírus, outros de fome. Está a fazer tudo ao contrário!
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