tenho os meus sonhos numa zona escondida, os meus neurónios abrem esse pontinho misterioso dos meus sonhos
então, lá dentro, sou rainha, então, lá dentro, eu planto ervas e ervilhas, eu limpo ervas daninhas, eu construo o castelo onde a minha vida dura vai serenar devagarinho, até sair pela porta mais estreita do mundo
os meus neurónios ardem na corrente do sangue e pedem-me vida, pedras, campos, campo a correr na vista, campo para semear campo, para viver campo, para regular várias vezes ao dia o finíssimo sonho
vejo já construídos os meus castelos, já asseguradas as minhas janelas abertas para um vasto mundo verde onde tudo que existe é natural, onde não há pressa de fazer nada, várias vezes ao dia esse meu mundo é aberto e posto ao ar como sementes que, secas, farão crescer a vida
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