manhã de Natal, sinuosa hora entre o Urbi et Orbis e o excesso de cartão lustroso a reciclar
a lareira já se apagou na manhã de pastorinhos, as vacas pastam ao longe e ruminam a geada, bebem o orvalho que se acumulou na cama do menino
a árvore tombou nas mãos dos gatos e as bolas rolam entre as investidas felinas
comida em excesso transitou para hoje, demasiado consumo por ser Natal e ser obrigatório reforçar o estômago como se a fome dos outros fosse universal
mas vem o sol suprir distâncias e ausências. era bom que o dia fosse suave e intenso na partilha das saudades. o mesmo sol nos clareira a vista e o horizonte
é Natal e tudo pode ser diferente. até ouvir os chocalhos da infância, os cantos e os sinos da igreja. meus pais, presentes, eternamente, em todos os natais que ainda tenha pela frente
É manhã de Natal e, acreditem, depois de hoje recomeçamos a hora limpos e sorridentes
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