como estás, como chegaste aqui, o que pensas ao chegar aqui, o que pensas em qualquer lugar, o que sentiste, que piso pisaste, que pedra partiste, onde te beijou a suave rajada de vento, como acariciou o teu rosto, que pensamentos flutuantes tombaram no chão, que pensamentos perdidos foram rechaçados, quantos travões colocaste nas sinapses nervosas, quantas folhas deste ao corpo, que cigarros absorvente como lume, que rota evitas para não passares pelo passado, quantas palavras poupaste, quantas curvas fizeste para não chegar mais depressa, quantas razões inventaste para o rubro estar ao lume, diz-me, como estás? tira os sapatos, despe o mundo e veste a construção do nosso pequeno amor, anda mouro na zona elétrica da razão, esquece o apagamento, o desânimo e desilusão, mas liberta o ardor que foi sempre viço e mel no estreito espaço da casa, a casa, a nossa lua de emoção, chegaste, apaga as veredas que trilhaste, aqui o amor nasce do chão.
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