Debaixo da noite, mantas bordadas com finos fios da espera e o corpo assente em esferas lunares, líquido leito das deusas e das feras
Debaixo da noite, os corpos levemente ocos levitam nas zonas obscuras de um prisma iridiscente
É debaixo da noite, no seu seio e secreto ensejo que partimos longe no caminho
É no espaço obscuro do coração que pesamos o amor. Mas é nas regiões do hemisfério esquerdo que sonhamos o sonho do amor no lado mais fundo do corpo
Às vezes rasga-nos o sono, outras rasga-nos a dor. Debaixo da noite ficamos nós mesmos de mãos tardias, tão perto, meu amor
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