14.1.21

Meu amor, digo eu, e as abas do céu colhem o arrepio do corpo teu, na flora fértil do meu

Meu amor, é assim em forma de colher que te ofereço a água do dia, como se não fosses tu a fonte, a fresca maresia

Meu amor, há uma longa lima nos teus olhos, eu que sou a dor do teu olhar, a aura do teu punho cedo

E cedo colhemos o moribundo alento

Sede e semente, o teu olhar que presumo e edifico quando mergulho na água dos teus nobres sinos

Toca-os, toca-me um sonho, venha a mim a parábola do teu rosto no beijo impuro 

Se morrermos alguma vez, escavamos o mundo juntos, meu amor. Toca-me fundo





 

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