Meu amor, digo eu, e as abas do céu colhem o arrepio do corpo teu, na flora fértil do meu
Meu amor, é assim em forma de colher que te ofereço a água do dia, como se não fosses tu a fonte, a fresca maresia
Meu amor, há uma longa lima nos teus olhos, eu que sou a dor do teu olhar, a aura do teu punho cedo
E cedo colhemos o moribundo alento
Sede e semente, o teu olhar que presumo e edifico quando mergulho na água dos teus nobres sinos
Toca-os, toca-me um sonho, venha a mim a parábola do teu rosto no beijo impuro
Se morrermos alguma vez, escavamos o mundo juntos, meu amor. Toca-me fundo
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