21.2.21

Viver na chuva

Como todos os seres do mundo eu temo os elementos, quando se alteram e me diminuem à minha insignificância primeva

Tenho medo de ser fera e sem abrigo 

Tenho medo de ter frio e desabrigo

Mas sei que estou a salvo, egoisticamente salva e protegida e a chuva renova-me, embála-me, leva-me ao colo gentil da minha mãe

Mais, a chuva envolve-me com a sua cadência num quase sonho de pertença, doação de amor, entrega e fusão total

Ouço a poesia pluviosa do amor, ou o amor pluvioso da chuva e chovo silenciosamente a oração mais pura ao criador

Porque o meu amor vive na chuva e eu vivo nela com ele



Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Drawing a portrait

I've been drawing a portrait It should be your portrait But everybody seems to see  Someone else Maybe you are not you Or my portrait is...

Mensagens populares neste blogue