Como todos os seres do mundo eu temo os elementos, quando se alteram e me diminuem à minha insignificância primeva
Tenho medo de ser fera e sem abrigo
Tenho medo de ter frio e desabrigo
Mas sei que estou a salvo, egoisticamente salva e protegida e a chuva renova-me, embála-me, leva-me ao colo gentil da minha mãe
Mais, a chuva envolve-me com a sua cadência num quase sonho de pertença, doação de amor, entrega e fusão total
Ouço a poesia pluviosa do amor, ou o amor pluvioso da chuva e chovo silenciosamente a oração mais pura ao criador
Porque o meu amor vive na chuva e eu vivo nela com ele
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